NOTÍCIAS
Aqui você fica por dentro das novidades na construção civil.
O IMPACTO DA ENGENHARIA NA ECONOMIA DO PAÍS
Toda a infraestrutura econômica fundamental do País depende da Engenharia. Então imagine ferrovias, rodovias, portos e aeroportos, tudo envolve a construção. A infraestrutura é fundamental para a produtividade do País. Quanto melhor a infraestrutura, mais produtiva é a economia e quanto maior a produtividade significa que é mais competitivo. A competitividade do País, a capacidade de produzir com qualidade, com custos mais baixos frente ao mundo depende da infraestrutura, portanto está dependendo da Engenharia Civil.
A qualidade de vida da população também está ligada a Engenharia, podemos citar por exemplo construção de moradias e a geração de empregos. A construção civil emprega muitas pessoas inclusive uma mão de obra que não teria condições de trabalho em outras atividades como por exemplo o servente e auxiliares de produção. Então ela emprega pessoas que poderiam estar fora do mercado de trabalho ou até mesmo marginalizadas e acabam assumindo um papel importante na obra. Sem a Engenharia o país está condenado ao atraso e a uma qualidade de vida muito ruim.
Segundo Cândido Ferreira Filho, Professor do Centro de Economia e Administração da Pontifícia Universidade Católica de Campinas “Embora a construção civil seja fundamental para o desempenho da economia do País, ela oscila ao sabor dos acontecimentos econômicos tais como uma crise política, o desemprego que sobe, a inflação que aumenta. Qualquer desses acontecimentos faz com que a população deixe de investir e consumir e isso afeta diretamente a Engenharia Civil pois uma moradia por exemplo é um investimento muito alto, o trabalhador pode demorar muito tempo para liquidar essa dívida, portanto em um momento de qualquer ameaça o primeiro setor que irá sofrer e o último a se recuperar é o da Construção Civil, porque para que as pessoas comecem a investir e voltar a consumir tem que ter uma perspectiva de um futuro bom para a economia e para seu emprego.”
Segundo uma pesquisa feita pela Consultoria de Crédito Go On com executivos do mercado de crédito, 42.2% dos consumidores não veem expectativa de melhoria na economia, 10.2% acreditam que ainda vai piorar e 43.3% acreditam que dias melhores virão.
Momentos como esse que vivemos, de crise política e econômica nos mostra a importância da qualificação profissional, portanto os trabalhadores estão procurando se capacitar cada vez mais para se manter no mercado. O ramo da engenharia é versátil, o trabalhador pode se encaixar de maneiras alternativas, um exemplo disso foi o crescimento da criação de pequenas empresas. Muitos trabalhadores optaram em abrir o próprio negócio aplicando seus conhecimentos adquiridos garantindo a mesma qualidade de uma empresa de grande porte porém com preço mais competitivo para o cliente já que consegue manter seu custo fixo reduzido.
09/08/2017
Bruna Cristina Cartezani – Valieng Assessoria em Gestão de Obras
______________________________________________________________________________
TECNOLOGIA A SERVIÇO DA PRODUTIVIDADE
Foto: MaestraSky / Fonte: www.maestrasky.com.br – Imagem obtida através do drone da obra Acqua Galleria em Campinas/SP.
Novas tecnologias ajudam a ganhar qualidade e rapidez nas construções e, por outro lado redução de custos e tempo portanto é necessário ficar de olho em tudo que diz respeito a inovações, para manter a competitividade no ramo.
O uso dos Vants (Veículos aéreos não tripulados) se tornou algo comum em diversas áreas e vem tomando espaço na Engenharia.
Com a utilização de drones é possível se obter diversas vantagens dentre elas estão o mapeamento da área de onde o projeto será implantado ou até mesmo a evolução periódica de sua obra, a avaliação de viabilidade, geração de pré-projetos.
Em entrevista ao Blog Mundo Geo, Luiz Dalbelo, gerente de vendas da Santiago & Cintra, afirma que há ainda a possibilidade do uso de drones em inspeções. “Em estruturas altas onde pessoas não poderiam acessar, os VANTs são super recomendados. Além de câmeras fotográficas e de vídeo em alta resolução, eles podem utilizar outros sensores de captação de informação. Um deles seria, por exemplo, um sensor termal. O sensor termal poderia ser utilizado na inspeção de equipamentos e estruturas. Caso o operador detecte pontos com excesso de calor, ele pode tomar uma ação corretiva para sanar algum possível defeito da estrutura ou do equipamento utilizado”.
Existe uma feira anual chamada Drone Show Latin América realizada pela MundoGEO, empresa de mídia e comunicação líder no segmento do setor geoespacial, onde o principal objetivo é mostrar a tecnologia em seu estado da arte e complexidade, suas aplicações, a legislação em vigor e a necessidade de práticas profissionais para garantir a qualidade do trabalho, bem como a segurança operacional.
Em reportagem para o Drone Show um gerente de vendas fala sobre o mercado para esse novo serviço que está avançando. “Sem dúvidas está crescendo e este crescimento tende a ser cada vez mais agressivo, por se tratar de uma tecnologia inovadora que traz inúmeros benefícios. Não temos dúvidas que esta tecnologia se tornará uma das principais empregadas no mapeamento e monitoramento de obras na engenharia”, finaliza.
Com relação ao ramo comercial, a utilização de drones tem sua vantagem como estratégia em vendas, pois é possível que o comprador tenha uma visão global de seu empreendimento e entorno dele, principalmente na fase da planta ou na obra.
Uma questão a levar em consideração é a redução de custos, porque o acompanhamento da obra de vários ângulos pode ajudar a otimizar recursos utilizados na construção e uma imagem aérea comum depende do aluguel de uma aeronave, de horário marcado com piloto e tem custo muito mais elevado que o serviço feito por meio dos drones.
O site Defesanet trouxe em 11/04/2017 essa reportagem:
A Agência Nacional de Aviação Civil, responsável pela regulamentação de veículos aéreos no país, se reuniu na semana passada para discutir como seriam as leis em torno do uso de drones. No entanto, de acordo com a BitMag, um dos membros da agência pediu vistas ao projeto de lei que estava sendo proposto, o que acabou adiando novamente a regulamentação.
Sem essa decisão, o mercado de drones fica bastante prejudicado no país. Como as empresas não sabem a quais leis deverão se adequar para poder operar e vender seus produtos aqui, elas acabam hesitando em entrar no mercado. Além disso, outras empresas e serviços que pensam em incorporar drones em suas operações também deixam de fazê-lo, por não saber se sua utilização dos equipamentos será considerada legal.
No Brasil, a regulamentação do uso de drones cabe tanto à ANAC quanto ao DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). O DECEA, no entanto, já concluiu suas contribuições à legislação, e cabe à ANAC agora avançar o processo, que já vem correndo há três anos.
O projeto atual exigirá que todos os pilotos de drones tenham 18 anos o mais, e que todos ofereçam uma cobertura de seguro para o caso de danos a terceiros. Os veículos serão divididos segundo seu peso em três classes: Classe 1 (150 quilos ou mais), Classe 2 (de 25 a 150 quilos) e Classe 3 (menos de 25 quilos). Dessas, a classe 3 é a que inclui os drones mais comuns. Eles poderão voar a até 60 metros de altura em áreas urbanas ou aglomerados rurais, ou a até 120 metros em demais áreas. As de classe 2, um pouco maiores, precisarão ter seu projeto aprovado pela ANAC e respeitar alguns requisitos técnicos impostos pela agência.
Por sua vez, os drones de classe 1, além dos requisitos acima, também precisarão ser registrados junto ao Registro Aueronáutico Brasileiro (RAB). Seus pilotos precisarão ter um Certificado Médico Aeronáutico (CMA), licença e habilitação, e todos os seus voos precisarão ser registrados com pelo menos um mês de antecedência. Embora essas leis ainda não sejam definitivas, elas dificultariam, por exemplo, o emprego de “táxis voadores” (que já poderão existir a partir de 2018).
COMO FUNCIONA:
“Trata-se de um voo inteligente que utiliza GPS. Se o equipamento apresenta algum problema, ele volta para o ponto de origem sozinho”, explica Ricardo Goncalves da Fonseca especialista em Drones. Fonte: Maringá – O diário
12/04/2017
Bruna Cristina Cartezani – Valieng Assessoria em Gestão de Obras
___________________________________
Hoje deixamos um texto do Eng. Prof. Formoso que ilustra muito bem as técnicas de planejamento aplicadas pela Valieng
Produção enxuta
Os princípios do Sistema Last Planner de controle da produção
Por Eng. Carlos T. Formoso, PhD, professor e pesquisador do Norie-UFRGS
Edição 106 – Maio/2010
Desde meados dos anos 90, novas formas de estruturar o processo de planejamento e controle da produção (PCP) vêm sendo adotadas na indústria da construção, com base em conceitos e princípios provenientes do chamado paradigma da Produção Enxuta. Dentre as várias abordagens, merece destaque o Sistema Last Planner de controle da produção, cuja implementação em diferentes países, inclusive no Brasil, vem sendo amplamente reportada e discutida nos congressos anuais do IGLC (International Group for Lean Construction) – verwww.iglc.net.
O Last Planner foi originalmente desenvolvido por dois americanos, Glenn Ballard e Gregory Howell, ambos vinculados ao Lean Construction Institute dos EUA (verwww.leanconstruction.org), mas tem sofrido muitas contribuições para a sua evolução tanto por acadêmicos como por profissionais da indústria. Com base nesta abordagem, o Norie-UFRGS (Núcleo Orientado para Inovação da Edificação, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, já realizou diversos estudos de implementação de sistemas de PCP, em empresas de construção não só no Rio Grande do Sul, mas também em outros Estados, como São Paulo, Paraná, Bahia e Ceará.
A partir desses estudos, foi criada uma base de dados com indicadores de planejamento e controle da produção que contém dados de mais de 200 empreendimentos. Tal como se observa em outros países, várias das empresas brasileiras que se destacam na gestão da produção são aquelas que tiveram capacidade de entender e adaptar as ideias da Produção Enxuta para o contexto da construção civil.
De fato, uma das principais dificuldades enfrentadas para a implementação do Last Planner é a falta de compreensão por parte dos principais envolvidos no planejamento e controle da produção dos conceitos e princípios fundamentais de gestão da produção.
O quadro acima apresenta um resumo das diferenças entre o planejamento tradicional e a abordagem baseada nos conceitos e princípios da produção enxuta.
Curto, médio e longo prazos
No Last Planner, o PCP normalmente é dividido em três níveis: planejamento de longo prazo, planejamento de médio prazo (também conhecido como look-ahead planning) e planejamento de curto prazo. No primeiro nível, define-se o sequenciamento, a duração e o ritmo das grandes etapas da obra.
O planejamento look-ahead tem várias funções, entre as quais se destaca o controle dos fluxos de trabalho entre as unidades de produção pela identificação e remoção sistemática das restrições. Por meio desse mecanismo, busca-se reduzir a variabilidade nos fluxos de trabalho a montante, evitando que a mesma se propague para as unidades de produção a jusante, ao longo desses fluxos.
Por meio da redução da variabilidade nas unidades de produção e nos fluxos de trabalho, busca-se evitar que o mesmo seja interrompido ou realizado em condições inadequadas. Com isso, pode-se esperar um aumento de produtividade das unidades de produção e, assim, uma melhoria no desempenho do empreendimento, pela redução de custos e de prazos.
O terceiro e último nível tem como papel principal atribuir pacotes de trabalho às equipes e gerenciar os compromissos com as mesmas, em relação ao que vai ser feito, após a avaliação do que pode e do que deve ser feito, baseados nos recursos disponíveis e no cumprimento de pré-requisitos. O indicador PPC é uma medida da eficácia nesse nível de planejamento. O nome do sistema, Last Planner (último planejador) é uma alusão a quem, em última instância, define as tarefas a serem executadas no nível de curto prazo.
A proteção da produção (shielding production) se dá no momento da elaboração dos planos semanais de produção, ao se garantir que apenas sejam incluídas tarefas que tenham todas as suas restrições removidas, incluindo a disponibilidade de recursos (materiais, mão de obra, equipamentos, projeto, espaço, entre outros) e a conclusão das atividades antecedentes.
Esse mecanismo permite obter a chamada estabilidade básica, definida como a capacidade de produzir resultados coerentes ao longo do tempo, decorrente da disponibilidade constante em relação a recursos. Como resultado, obtém-se um aumento na previsibilidade (ou confiabilidade) do sistema de produção, apontada como um requisito essencial para a implementação de mudanças mais radicais na gestão da produção, tais como o fluxo contínuo e a produção puxada.
Produção puxada
Por meio do sistema Last Planner, é introduzido um conceito adaptado de produção puxada, segundo o qual um sistema puxado é aquele que libera materiais ou informações no sistema de produção com base no estado do mesmo, observado por meio da quantidade de trabalho em progresso e qualidade de tarefas disponíveis, entre outros fatores.
Essa forma de planejar contrasta com a visão de produção empurrada, adotada em sistemas tradicionais de planejamento baseados em técnicas de rede (CPM), nos quais os planos de longo prazo, bastante detalhados, constituem-se nos únicos planos formalizados.
De fato, o Last Planner introduz a produção puxada tanto no nível de médio quanto de curto prazo. No médio prazo, faz-se a identificação de restrições, o que desencadeia uma série de ações de remoção das mesmas, incluindo a aquisição ou a produção de recursos para a produção. No curto prazo, analisam-se as tarefas programadas e os recursos disponíveis, liberando para a produção apenas aquelas que realmente têm condições de serem realizadas.
O sistema de gestão resultante passa então a ser uma combinação de produção empurrada e puxada, uma vez que continua havendo a necessidade de um plano de longo prazo que estabelece as metas do empreendimento, já que a demanda na construção tem um caráter dependente, ao contrário de outras indústrias.
Nessa abordagem, há uma formalização e sistematização do planejamento em nível de médio e curto prazo, obtendo-se um aumento da transparência. Tanto as planilhas utilizadas quanto os indicadores são relativamente simples. Assim, facilita-se a comunicação entre os envolvidos e a aderência entre os vários níveis de planejamento, à medida que é possível realizar um controle mais eficaz em todos os níveis.
Essa formalização resulta também em um curto ciclo de controle formalizado da produção, resultando em alguns benefícios tais como a identificação rápida de problemas, a diminuição da necessidade de estimativas de longo prazo e a introdução de medidas corretivas de forma mais rápida. Espera-se que, ao longo do tempo, a partir da análise da frequência das causas da não conclusão dos pacotes de trabalho, sejam realizadas ações corretivas, visando a evitar a reincidência dos referidos problemas.
No Last Planner, existem vários mecanismos de gestão participativa, tanto na geração dos planos como na avaliação dos resultados, por meio de reuniões de planejamento realizadas sistematicamente nos níveis de médio e curto prazos. Normalmente participam dessas reuniões representantes das várias equipes envolvidas, mesmo que subempreitadas, e também representantes de diferentes áreas funcionais da organização.
Nessas reuniões são discutidos os problemas referentes a datas, recursos e formas de execução, dentre outros, sempre havendo um diálogo entre as partes envolvidas. A combinação da gestão participativa, da transparência de processos e do curto ciclo de controle cria condições para a ocorrência de melhoria contínua e, consequentemente, aprendizagem ao longo da obra.
08/08/2016
Fonte: http://construcaomercado.kubbix.com/negocios-incorporacao-construcao/106/artigo299051-1.aspx
______________________________________________________________________________
Rentabilidade depende de gestão eficiente e métricas
Em palestra no SindusCon-SP, a Falconi Consultores detalhou os principais pontos que podem interferir no resultado global de um empreendimen
Com o objetivo de apresentar técnicas de gestão relevantes para a melhoria dos resultados financeiros das empresas construtoras, em 12 de novembro o SindusCon-SP promoveu o Workshop “Diálogos sobre rentabilidade dos empreendimentos”. Conduzida pelo mestre em Engenharia e sócio da Falconi Consultores de Resultado, Luiz Gustavo Santos, a palestra detalhou soluções para melhoria no gerenciamento de empreendimentos, suas métricas e possibilidades de implantação.
De acordo com Santos, as variações não gerenciadas de custo e prazo das obras, resultam em um impacto direto na margem líquida da companhia. “Os empresários de um modo geral percebem estas distorções, mas discutem muito pouco as verdadeiras causas internas ou externas que geram estas variações. Esta forma mais estruturada de encarar o problema, precisa ser visto com mais maturidade pelas empresas”, afirmou.
Os problemas, segundo ele, precisam ser discutidos em todos os níveis da empresa para que todos possam ajudar na procura por soluções. “Entre as empresas do Setor que nos procuraram, observamos uma dificuldade generalizada de identificar qual era a responsabilidade de cada um no processo, em caso de desvios tanto do prazo quanto custo de uma obra, ou mesmo apresentar uma análise histórica das ocorrências anteriores. Ter a capacidade de mapear as causas desses desvios, de uma forma organizada e automática é fundamental para garantir no futuro, a entrega de um projeto bem sucedido.”
Santos destacou a importância da liderança em um projeto, além das ferramentas de gerenciamento apresentadas. “Um bom líder é aquele que estabelece as metas, mantém o time focado e unido.” Para garantir os melhores resultados, acrescentou Santos, é preciso definir pontos na obra que são críticos, e agir sobre eles para diminuir os riscos de distorções entre o que foi planejado e o real.
Além de uma análise profunda de indicadores relacionados ao prazo, custo, riscos, qualidade e segurança, destacados pelo consultor, o Vice-presidente de Relações Capital-Trabalho e Responsabilidade Social do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, chamou a atenção para dados importantes que podem ser obtidos no pós-obra, como a pesquisa de satisfação do cliente. “Na minha avaliação, isso é tão importante quanto a gestão dos processos de produção”.
Nesse sentido, Santos disse que os padrões de qualidade não podem ser subjetivos. “Temos de traduzir isso em limites objetivos de tolerância, através da padronização dos processos de produção, e da avaliação do cliente final”, afirmou, concordando com Ishikawa.
Abrir os canais
Outro ponto sensível, observou Santos, é a comunicação interna pois em suas análises, muitas vezes se observa que as equipes de produção não estão alinhadas ou se comunicam com as equipes de planejamento das construtoras, e isto inviabiliza a boa gestão. Abrir esse canal é importante para que os problemas possam ser identificados e os desvios gerenciados.
Para um gerenciamento mais eficiente nas empresas construtoras, a Falconi identificou e propõe quatro passos fundamentais: integração das áreas de gerenciamento do empreendimento, otimização do fluxo de informações entre as equipes de trabalho da obra e do escritório, definição de uma rotina e supervisão operacional estruturada, que alimente os indicadores e viabilize a boa gestão e, por fim, a implementação dos conceitos básicos do Lean Construction nos processos de produção. Nesse contexto, a Consultoria Falconi tem auxiliado empresas do Setor a encontrar as melhores soluções de gestão, o que se torna mais imperativo se considerarmos estes momentos de redução de atividade e demanda por mais eficiência e eficácia.
Segundo Santos, com a adoção destes critérios e métricas, a Falconi Consultoria de Resultados tem ajudado algumas construtoras a obter uma melhora de dois a quatro pontos percentuais em sua margem bruta. A melhora é muito significativa se considerarmos que as margens brutas do Setor variam entre 15% e 25%.
Gestão do Sinduscon-SP
Com este mesmo objetivo, de buscar a excelência em seus procedimentos de gestão, e servir como exemplo às empresas construtoras que representa, o SindusCon-SP contratou os serviços da Falconi Consultoria de Resultados, em setembro do ano passado. De lá para cá, muita coisa vem sendo discutida e implantada em conjunto com a equipe interna do sindicato e os resultados já começam a aparecer. Para o Vice-presidente do sindicato, Francisco Vasconcellos, a implementação das ações de melhoria e dos indicadores gerenciais sugeridos pela Falconi representa uma mudança que vai muito além do discurso. “Estamos definindo as bases para o futuro do Sinduscon-SP”, afirmou.
18 de novembro de 2015
Fonte: http://www.sindusconsp.com.br
_______________________________________________________________________________
CRONOGRAMA DE OBRAS: COMO PREPARÁ-LO DE FORMA PROFISSIONAL EM 4 PASSOS
Você provavelmente já teve a oportunidade de montar um cronograma do zero. Pode ter sido no famoso TCC (trabalho de formatura) da faculdade ou, se já começou a vida profissional, uma lista de “datas marcos” com as entregas parciais de um projeto (o que também não deixa de ser um cronograma). A maneira mais simples de começar é abrir o MS Excel, listar as atividades nas linhas, os meses nas colunas e sair pintando as células com cores. O que é suficiente para pequenos projetos. No entanto, conforme o grau de complexidade dos projetos aumentam, os cronogramas precisam ser elaborados com técnicas mais avançadas.
Um cronograma bem elaborado é fundamental para atender os prazos, controlar o financeiro, programar compras, gerir e contratar mão-de-obra e prevenir conflitos entre atividades. Por esses motivos grandes obras contam com equipes de engenheiros de planejamento controlando a execução de toda construção.
Nesse artigo, vamos passar pra você um processo de 4 passos para elaborar cronogramas de obras de forma completa e eficiente, que pode ser usado tanto em pequenas reformas como em grandes edifícios. São eles:
- Definir as Atividades
- Sequenciar as Atividades
- Estimar as Durações das Atividades
- Desenvolver o Cronograma
Passo #1) Definir as Atividades
Nesta etapa seu objetivo é construir a chamada Estrutura Analítica do Projeto (EAP) ou, do inglês, Work Breakdown Structure (WBS), que nada mais é do que a listagem de todas as atividades necessárias para entregar o projeto finalizado.
Aqui, o significado de “atividade” tem o conceito de pacote de trabalho que utiliza os mesmos insumos e serviços profissionais. Mas não existe uma regra, você pode simplificar resumindo as atividades (por exemplo: uma atividade chamada “Fundações”) ou detalhando (exemplo: “perfuração de estacas”, “armação de estacas”, “concretagem de estacas”). O ideal é quebrar em itens que facilite o seu controle. Se uma atividade ocorre no mesmo dia, como armação e concretagem de estaca, será que vale a pena separar ?
Não se preocupe com a relação do que vem antes ou depois, o importante neste passo é garantir que a lista esteja completa.
Utilize as seguintes técnicas pra elaborar a EAP e garantir que você não se esqueceu de nada:
- Analise todo o escopo das plantas disponíveis (projeto de arquitetura, estrutural, elétrico, hidráulico, drenagem, etc.) e do orçamento da obra;
- Faça o desdobramento ou decomposição de alguns itens: ex. Piscina > você pode quebrar em Escavação + Fundações + Alvenaria + Impermeabilização + Revestimentos Cerâmicos + Instalações Hidráulicas + Iluminação;
- Utilize padrões, modelos ou templates de outros projetos semelhantes já executados;
- Sempre consulte a opinião especializada de profissionais com mais experiência.
Uma outra técnica que eu utilizo é a do “O QUE? + ONDE?”. Por exemplo, num edifício residencial, temos o serviço de alvenaria ocorrendo em vários locais. Então eu procuro quebrar a etapa de “Alvenaria” em atividades menores como “Alvenaria do Térreo”, “Alvenaria do 1º Pavimento”, “Alvenaria do 2º Pavimento”,…
Na obra de um edifício residencial em que eu fui o responsável pelo planejamento, eu preparei a EAP listando os serviços que seriam realizados (O QUE?) e os locais de trabalho (ONDE?), que me forneceu o seguinte mapa de atividades:
Repare que eu coloquei uma sigla de 3 letras para o serviço e 2 caracteres para o local. Assim quando eu estiver planejando a atividade “PFE-1P”, eu sei que se trata da “Pintura Final Externa do 1º Pavimento”. Cada célula preenchida com as 5 letras é uma atividade da minha EAP.
Dica: Se você está sem criatividade, entre no site da Editora Pini e pesquise por “orçamento detalhado”. Você terá acesso a inúmeros orçamentos de diversos tipos de obras (casas, edifícios residenciais, comerciais, galpões, etc.) com a lista e custos de cada etapa.
Passo #2) Sequenciar as Atividades
Uma vez listadas todas as atividades necessárias para a conclusão da obra, você precisa definir o relacionamento entre as atividades, isto é, qual atividade ocorre depois de outra.
A determinação da dependência é fundamental e exige conhecimento técnico da execução. Por exemplo, você precisa ter a estrutura do edifício desformada para iniciar as alvenarias.
Nessa etapa, você deve indicar as precedências de cada item da EAP. Dá-se o nome depredecessoras as etapas anteriores a uma atividade.
Considere nesse processo:
- Ligações finish-to-start (fim com início) quando uma etapa inicia após o fim de outra;
- Ligações start-to-start (início com início) quando duas etapas devem começar juntas;
- Ligações finish-to-finish (fim com fim) quando duas etapas devem finalizar juntas;
- Aplicações de antecipações e atrasos (lags) – por exemplo, a etapa de retirar as escoras da estrutura geralmente ocorre após 28 dias da concretagem.
Dica: Cuidado com redundâncias: se seu projeto fosse fazer um bolo dividido em 4 etapas – misturar os ingredientes / bater na batedeira / assar no forno / servir – a etapa “servir” tem a predecessora “assar no forno” e as outras duas, mas você não precisaria listar essas outras duas etapas. Coloque o mínimo de predecessoras possível, isto é, sempre as imediatamente anteriores.
Seja cuidadoso com a sobreposição de atividades. A execução do contrapiso ou trabalhos na fachada, por exemplo, são atividades que exigem interdição. Evitar atividades simultâneas no mesmo ambiente facilita o controle da mão-de-obra de empreiteiros diferentes, diminuindo confusões como responsabilidade por danos e sujeira ou roubo de ferramentas.
Passo #3) Estimar as Durações das Atividades
Nesse passo, você deve dar o primeiro chute da duração de cada etapa. Digo primeiro porque conforme o resultado final do cronograma (data de entrega do projeto), você provavelmente terá de fazer ajustes para que o projeto tenha a duração exata que você precisa. Se você pretende, por exemplo, executar o prédio em 24 meses e na primeira estimativa resultou em 30 meses, você terá que ajustar as durações das atividades para se adequar a esta condição.
Você pode estimar as durações por 3 formas:
- Estimativas análogas: em uma obra semelhante, o revestimento de fachada durou 2 meses, logo adotarei 2 meses na minha obra;
- Estimativas paramétricas: o piso cerâmico do apartamento de 100 m² foi feito em 5 dias, logo, no apartamento de 60 m² vou adotar 3 dias.
- Opinião especializada: consultei um engenheiro de fundações e ele estimou que as sapatas levarão 20 dias úteis para serem executadas.
Sempre considere os recursos das atividades. Você pode ter alguns fatores limitantes como: dinheiro, disponibilidade de caminhões betoneiras, velocidade e capacidade de carga da grua, quantidade de mão-de-obra. Todos esses itens podem impor restrições ao prazo que você está estimando.
Passo #4) Desenvolver o Cronograma
Tendo em mãos a EAP, as predecessoras e as durações de cada atividade, você tem condições de montar o cronograma.
Neste passo, praticamente todos os profissionais fazem uso de ferramentas para os desenvolvimento de cronogramas, como MS Project, Primavera, OpenProj ou mesmo o MS Excel porque mostram graficamente o sequenciamento das atividades do projeto. Independente de qual software você utilizar, você precisará dos produtos dos três passos anteriores.
Ao inserir os dados no programa escolhido, ele fornecerá a primeira versão do cronograma da obra. Mas já vimos que geralmente ele precisará sofrer alguns ajustes, como compressão ou extensão de atividades ou revisão das predecessoras, caso algum dado tenha sido preenchido incorretamente.
Quando você terminar os ajustes e definir a versão final do cronograma, você terá a “Linha de base do cronograma” ou “baseline”, isto é, o cronograma de “partida” ou referência para desenvolvimento do projeto.
O baseline também fornecerá uma informação essencial para você: o caminho crítico. Ele representa a sequência de atividades que não possuem folgas. Se alguma dessas atividades atrasarem, você atrasará a obra inteira. Você precisa ter muito cuidado com ele para garantir o prazo de entrega. Por outro lado, você perceberá que algumas atividades possuem folgas, isto é, elas permitem atrasos sem comprometer a data de entrega da obra porque são atividades que não estão no caminho crítico.
23 de abril de 2015
Fonte: http://engenheironocanteiro.com.br/cronograma-de-obras/
________________________________________________________________________________